A Polícia Civil de Campo Mourão efetuou por volta das 22 horas de sexta-feira, a prisão do zelador Raimundo Gregório da Silva, 52 anos. Ele confessou ter matado Dimitria Laura Vieira, de 17 anos e Iara Pacheco de Oliveira, de 21 anos. As duas estavam desaparecidas respectivamente há dois anos e há sete meses.
A polícia aguarda agora o resultado de DNA das ossadas humanas encontradas na sexta-feira, numa fossa séptica no pátio do colégio Vinícius de Moraes, no conjunto Cohapar, para confirmar se os corpos são mesmo das adolescentes.
De acordo com o delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, José Aparecido Jacovós, Raimundo deu detalhes assombrosos de como matava as vítimas. Antes de assassiná-las ele dava a elas calmantes e matava as vítimas a marretadas. Os corpos eram enterrados em uma cova no quintal de sua casa e tempos depois os restos mortais eram retirados e queimados. Depois de carbonizados os ossos eram jogados na fossa e o que sobrava de cinza servia de adubo para uma horta, utilizada pela cozinha da escola.
O criminoso será apresentado à imprensa nesta segunda-feira. Ele está com mandado de prisão temporária decretado e a polícia já pediu sua prisão preventiva. Se condenado pelos dois crimes pode pegar até 60 anos de reclusão. Ele será julgado por homicídios triplamente qualificado e ocultação de cadáveres. “Ele é um sujeito muito frio. Contou as barbáries que fez com bastante riqueza de detalhes. Os dois crimes que cometeu tinha indícios de rituais satânicos”, explica Jacovós, acrescentando que foi criado na 16ª SDP uma seção só para investigar crimes de homicídios e desaparecimentos.
Fonte: Tribuna do Interior
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