Bandido morto em Ubiratã ainda está no IML

Rapaz morto era de Foz do Iguaçu

O corpo de Gilson Vargas, 19 anos, morto ao trocar tiros com policiais militares no domingo passado, em Ubiratã, ainda está no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Mourão. Como não apareceu nenhum parente de Ubiratã ou da região para regularizar a documentação e providenciar o sepultamento, o IML, com apoio da Polícia Civil, passou a semana buscando contato com possíveis parentes de outras regiões. Com a repercussão do caso, uma tia de Vargas, de Foz do Iguaçu foi informada do fato e veio a Campo Mourão, onde fez o reconhecimento.

No entanto, segundo o diretor-administrativo do IML, Milton Scheibel, a família não tem recursos financeiros para fazer o translado do corpo para Foz do Iguaçu. “Essa tia da pessoa morta veio até o IML e disse que vai providenciar a documentação necessária para que o corpo possa ser liberado. No entanto, por ser uma família carente, eles não têm recursos financeiros para o translado. Até orientamos para que eles tentem conseguir recursos com órgãos competentes da cidade onde moram, e acredito que neste início de semana já será possível liberar o corpo, que continua na câmara fria do IML”, disse Scheibel.

Caso não seja possível fazer o translado para Foz, Scheibel diz que vai orientar a tia de Vargas a autorizar o sepultamento no cemitério de Ubiratã, onde o rapaz foi morto. No IML, o corpo foi exumado e dois projéteis foram retirados, da região da cabeça e da coxa direita. “Esse material (projéteis) ficará à disposição da justiça e será encaminhado para perícia.”

A morte

Vargas foi morto por policiais militares no final da tarde de domingo em uma mata, no município de Ubiratã. No período da manhã do mesmo dia, ele teria participado de um assalto a uma residência na cidade de Ubiratã, na companhia de outro assaltante e durante troca de tiros com a polícia, o soldado Daniel Lelis, 26 anos, acabou morto com um tiro na testa. Os criminosos também feriram o soldado Cleiton de Oliveira, 30 anos, que levou um tiro no ombro. Policiais de toda a região, com apoio até de um helicóptero fizeram buscas por toda a área onde o policial foi morto e Vargas acabou encurralado. Ao reagir, acabou morto. Um outro assaltante teria saído ferido durante a manhã de domingo, mas ainda não foi preso.

Durante a semana a PM continuou as buscas na tentativa de localizar outros dois envolvidos no assalto e na morte do soldado Lelis. Ao vasculharem uma reserva de mato, onde ocorreu o confronto, encontraram uma bolsa abandonada durante a fuga com o dinheiro levado no assalto.

No total foram recuperados R$ 75.164,00 em cheques, de diversos bancos; R$ 139,00 em moedas e R$ 23.959,00 em dinheiro. Também havia um talão de cheques em branco, do Banco Sicredi, em nome da vítima D. M. H. além de vários certificados de registros de veículos em seu nome. D. M. H. é proprietário de um supermercado de Ubiratã. (Fonte: Tribuna do Interior)