quinta-feira, 5 de julho de 2012

Bradock, ex deputado estadual, assume Delegacia de Uibirata


O novo delegado titular da 50ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Ubiratã é Mario Sergio ‘Bradock’ Zacheski. O delegado já foi deputado estadual e por onde passa sempre desperta a atenção pelo seu modo de agir. Ele garante que vai trabalhar para melhorar a credibilidade da Polícia Civil.  Ele declarou ainda que quer devolver à sociedade ubiratanense a paz e o sossego.
O delegado disse ainda que vai tomar as providências para fechar todos os bares da cidade após as 23 horas.  


Histórico do Delegado Bradock

Nos seus vários feitos, Braddock denunciou prefeitos, vereadores e autoridades de cidades por onde passou, por envolverem-se em corrupção e outros artigos do código penal. 

Num dos mais famosos, Braddock denunciou o ex-prefeito da cidade de Andirá, o tucano Celso Tozzi, por envolver-se no desvio de verbas na construção de um banheiro. Nem o prefeito se revoltou. "O caso foi apenas uma confusão", desconversa a época Tozzi, autor do pedido de nomeação de Zachesky para Andirá. "Ele é eficiente e reduziu a criminalidade em nossa cidade." Para o ex-prefeito, o único defeito do delegado é o gosto pela autopromoção.

Praticante de caratê e musculação, piloto de vistosa perua Toyota, de um “Jipão” modificado e de aviões alugados, sempre com um colete recheado de granadas e armado com pelo menos duas pistolas, uma faca e um canivete, Braddock cultiva um estilo cinematográfico, não há dúvida. "Se a mãe de alguém tiver de chorar, garanto que não será a minha", diz, resumindo sua tática para enfrentar bandidos. Mas o curioso é que seu prontuário não registra nenhuma anotação sobre abuso de autoridade.

"É um dos melhores homens que temos", elogiava o ex-delegado-geral do Paraná, Leonyl Ribeiro.

Braddock gosta de emoções. Há quinze anos, diante da ameaça de invasão da delegacia de Querência do Norte por um grupo de sem-terra que queria libertar colegas que prendera, ele foi para a frente da cadeia empunhando algumas granadas. "Se tivessem avançado, eu teria explodido tudo", garantiu.

Os números oficiais atestam que, nas cidades por onde ele passou, a criminalidade diminuiu e o total de bandidos presos cresceu. Em Rio Negro, encontrou oito homens no xadrez ao chegar e deixou 65 ao partir. Na cadeia de Andirá, multiplicou por três a dúzia de prisioneiros que recebeu. Reduziu de dezoito para sete a média anual de furtos de carros e fez o total de roubos despencar à metade do que era. Homicídio? Durante sua permanência, nenhum. Fugas? Só uma, mas os quatro fujões foram recapturados.

"Na hora de prender faço o que é necessário, mas depois trato todos como gente", afirma Braddock, explicando como mantém a paz no xadrez. Outro componente de sua estratégia é o trabalho dos presos.

Com doações, consegue tinta para pintar as delegacias por onde passa, professores para dar aula aos prisioneiros, sala de ginástica, marcenaria, panificadora e sapataria. "Os presos entram com a mão-de-obra e a comunidade entra com o resto", diz. Em Rio Negro, ao final de dois anos, eles faziam pão, macarrão e bolachas, produziam móveis e brinquedos com ferramentas velhas e reformavam sapatos. A produção era vendida e os detentos chegavam a ganhar, em média, 800 reais por mês. Alguns até davam aula para meninos de rua.

Na cidade de Andirá, cuja delegacia tinha 1.800 reais de verba mensal, foi pelo mesmo caminho. No alojamento dos bem-comportados, tinha antena parabólica, mesa de sinuca e geladeira.

Formado também em letras, matemática e bioquímica, Braddock concluiu por último o curso de direito e tornou-se delegado há apenas 19 de seus 60 anos. Antes, foi professor e farmacêutico.

Uma das proezas do delegado por onde passou, foi reformar um cubículo, com telhas novas, pintura e cortinas, para receber um bebê de 3 meses e a mãe, condenada a cinco anos por tráfico de drogas. Até berço Bradock conseguiu. “Não era um bom lugar para uma criança crescer, mas a mãe era sua melhor companhia” – Afirmou. 

Fonte: TB Aqui Agora

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