quinta-feira, 19 de agosto de 2010

24 de agosto. Uma data histórica para Ubiratã.


Nos arquivos históricos de Ubiatã, descobrimos que além de 4 de novembro, data do aniversário do município, há outras datas igualmente importantes. E estamos nos aproximando de um dia muito especial:24 de agosto.
Conta o pioneiro Vilder Bordim que junto com Vicente Alexandrino, deu início aos preparativos para iniciar a colonização da Greba Rio Verde por ser o local de maior concentração do pessoal da Sinop, tendo em vista o término da demarcação topográfica daquela área. O anúncio da mobilização da equipe tomou a todos de surpresa, pois a área a ser ocupada não dispunha da mínima infra-estrutura.
O pioneiro Vilder Bordin diz que no início do mês de Agosto de 1954 a caravana partiu da cidade de Iporã para juntar-se a outros funcionários que já estavam no local para o reconhecimento da área. “O mau tempo fez com que montássemos um quartel general em Campo Mourão aonde fazíamos excursões aéreas e terrestres até a Greba, passando por Mamborê e Juranda. A precariedade das estradas transformou a viagem em verdadeira aventura principalmente em época de chuva. A estrada era normal até Mamborê, daí uma seguia para Campina da Lagoa, no início de colonização e outra seguia para Juranda, prosseguindo até o Porto 1, no Rio Piquiri, pela a histórica Estrada Paraguaia, por onde os paraguaios penetravam no território Brasileiro. Na divisa entre Juranda e Ubiratã um ramal desta estrada demandava até a barra do Rio Tricolor (Bang Bang) hoje conhecida como Velha Juranda e Medeiros, estendia à Fazenda São João, de Osmar Bertoli, do pai João Bertoli e Fazenda Santa Maria, reconhecidas como posse, mas está documentada como da Sinop. Na comunidade São Francisco outra variante dessa estrada demandava até o Rio Piquiri mais ou menos obedecendo pela estrada Mato Grosso e outra derivando dessa onde se situa o Cemitério, demandava até a barra do Rio Carajá passando pela fazenda Bom Jesus de propriedade de Ilário Molina até se encontrar com a estrada velha paraguaia anteriomente citada à beira do Rio Comissário, confluência com Rio Inha-Pecem em cuja a barra do Rio Piquiri, encontrava-se o Cemitério utilizado pelos Paraguaios e Coluna Carlos prestes, conforme informações. Diz Vilder Bordin que assim que o tempo permitiu o comboinho partiu de Campo Mourão trazendo suprimentos para no mínimo 30 dias, engenheiros, topógrafos, ferramentas, pessoal de apoio e a certeza de chegar dentro de poucos dias no local determinado. "Cheio de imprevistos, superando obstáculos, passando por dentro d' água, atoleiros conseguimos, graças aos veículos usados tracionados. Na madrugada de 24-08-1954 começamos a montar os acampamentos na margem esquerda do córrego Central, onde hoje está o Estádio Municipal de Ubiratã. O dia foi cansativo e os acampamentos eram cobertos por encerados e cercados com lascas de palmito abundante no local. À tarde tudo pronto, acionamos um rádio amador para comunicar a central em Maringá que havíamos chegado e estava tudo bem e que iniciaríamos no dia seguinte a demarcação da Avenida Nilza de Oliveira Pipino para improvisar um campo de pouso. Ouvimos do Sr. Enio Pipino a notícia da morte de Getúlio Vargas", contou Vilder.

Nenhum comentário:

Postar um comentário