sábado, 14 de agosto de 2010

Polícia encontra restos mortais em fossa que podem ser de menor


A Polícia Civil de Campo Mourão encontrou na tarde de ontem, uma ossada que pode ser da adolescente Dimitria Laura Vieira, de 17 anos. Ela estava desaparecida há dois anos. O corpo estava dentro de uma fossa séptica, nos fundos do Colégio Vinícius de Moraes, no conjunto Cohapar, onde ela estudava. A busca começou às 14 horas e terminou somente por volta das 18h40. Foram mais de 3 horas de procura até que a ossada fosse encontrada. O principal suspeito do crime é o próprio zelador do colégio, R. G. S, de 52 anos, mais conhecido por Ivan. Ele está foragido.
Na fossa, de aproximadamente 15 metros de profundidade foram encontradas inúmeras peças de roupas e lençóis, que possivelmente foram utilizados para enrolar o corpo da adolescente. Pela quantidade de ossos há suspeitas que sejam dois corpos. Os restos mortais foram encaminhados ao IML para exames de DNA, para confirmar se o corpo é mesmo de Dimitria. O local onde está a residência do zelador ficou interditado. A polícia retornará ao colégio na próxima segunda-feira para trabalhos complementares. As aulas, que começariam nesta segunda-feira, foram adiadas na instituição para a próxima terça-feira.
De acordo com o delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, José Aparecido Jacovós, a polícia chegou até o corpo após receber informações de que o suspeito estava recebendo mensagens de Dimitria pelo celular. “As mesmas mensagens que ele recebia chegava até a família da vítima também. Ela mandava mensagem dizendo que estava bem em outro estado e retornaria em breve. Mas a vítima nunca fez contato de voz com a família. Mandava apenas mensagens. Passamos investigar e descobrimos que essas mensagens na verdade partiam da área 44. Ou seja, se a menina estava em outro estado porque estaria usando um telefone aqui da região”, explica o delegado.
Conforme Jacovós, desde que o suspeito confirmou que também estava recebendo as mensagens da vítima e foi a última pessoa vista com ela, a justiça expediu um mandado de busca e apreensão na residência do zelador. “Nesta busca descobrimos o celular da vítima dentro da casa dele [do suspeito]. Ou seja, ele mesmo estava mandando as mensagens para a família da adolescente”, observa. “A partir de então, outras informações surgiram e foi aí que encontramos vários objetos pessoais da adolescente, roupas íntimas e identidade no forro do colégio e na casa dele”, acrescenta Jacovós.
A informação de que o corpo de Dimitria estava na fossa foi dada pelo próprio acusado numa ligação que fez ao diretor do colégio, na madrugada de quinta-feira. “Ontem [quinta-feira] por volta das duas horas da manhã ele ligou no meu celular com número confidencial e disse que sabia onde estava o corpo. No entanto falou que não foi ele que matou a menina”, revela à reportagem o diretor da instituição, Claudio Pereira.


Corpo teria sido esquartejado
De acordo com Jacovós, pela forma que se encontrava os ossos, o corpo de Dimitria teria sido esquartejado antes de ser jogado na fossa. Foi encontrada uma parte da mandíbula, restos da arcada dentária, fêmur, rádio, costelas, vértebras, entre outros. O crânio estava completamente esfacelado em um saco plástico separado.
“Pelo que tudo indica, antes da vítima ser jogada na fossa a sua cabeça foi separada do corpo”, afirma o delegado. Há suspeita ainda de que outra parte do corpo da vítima tenha sido jogada em outra fossa no pátio do colégio. “Na segunda-feira voltaremos ao local para realizar trabalhos complementares e se for preciso outra fossa será aberta também”, comenta.
Na fossa onde foi encontrado o corpo de Dimitria, havia uma grande quantidade de restos de construções. Tudo leva a crer que o acusado utilizou entulhos para afundar o corpo da vítima ao barro. Para a remoção do corpo, a polícia contou com o apoio de um guincho e do Corpo de Bombeiros. (WP)

Fonte: Tribuna do Interior

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