Reunidos nesta sexta-feira (13/1) na sede da Amop em
Cascavel, prefeitos da região Oeste do Paraná decidiram se dividir em duas
caravanas que partirão nesta segunda-feira (16/1), uma com destino à capital
federal Brasília e outra a Curitiba. Na primeira, o grupo terá audiência com a
ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann e na segunda com o governador
Beto Richa.
O assunto é o mesmo: pedido de auxílio financeiro para
amenizar o drama da estiagem que comprometeu as lavouras da região e uma maior
dilatação de dívidas agrícolas, que seja maior que os seis meses oferecidos
pela presidente Dilma Rousseff.
O encontro contou com a participação de 41 prefeitos,
prefeitas, vices e secretários municipais de Agricultura e do comandante da
Defesa Civil da região, major Fernando Schuring, e ainda os chefes regionais da
Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento) de Cascavel e Toledo,
Vanderlei Campos e Marcelo Menegatti, respectivamente.
De acordo com o prefeito de Corbélia e presidente da Amop,
Eliezer José Fontana, os chefes do Executivo têm pressa na distribuição –
prometida pelo governo estadual – de recursos para aquisição de insumos,
defensivos e sementes. Todos os municípios da região vão aderir ao decreto
estadual de emergência que será assinado na próxima segunda-feira pelo
governador Beto Richa.
Ao governo federal, o pedido será também em função da
necessidade de perfuração de poços artesianos, especialmente nas regiões
lindeiras aos lagos de Itaipu e Salto Caxias, onde o drama da falta de água é
sentido com mais intensidade. “A presidente Dilma Rousseff prometeu dilatar o
prazo de pagamento das dívidas agrícolas para junho, porém os prefeitos
entendem que o período é curto e a dilatação precisa ser maior, pelo menos até
a colheita da próxima safra”, diz Eliezer. “Sem recursos para plantar, o
produtor sofre com a inadimplência, que tem um efeito cascata sobre toda a
economia e isso ninguém quer”, afirma o prefeito de Toledo e segundo
vice-presidente da Amop, José Carlos Schiavinato.
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